Jornal Record 1 novembro 2024
Assumimos que a formação constitui um instrumento fundamental para melhorar a qualificação profissional e escolarização que se verifica em Portugal, assumindo carácter estratégico para a construção de uma sociedade baseada no conhecimento e, consequentemente, para o desenvolvimento do país, potenciando o aumento da capacidade competitiva dos clubes. Por isso, devemos continuar esta caminhada de aproximação ao conhecimento, que não se esgota nas cadeiras das universidades.
Soubemos substituir a tentação do absurdo, pela racionalidade do lento progresso; a criação de factos artificiais, pelo debate dos nossos reais problemas e soluções; a violência verbal e a demonstração do nosso protesto público, pelo apaziguamento negocial e pela concertação, sendo que esta forma é indiscutivelmente o modelo que mais faz avançar as organizações. A maior recompensa para o trabalho do Treinador não é o que ele ganha com isso, mas o que ele se torna com isso.
Existe a necessidade imperiosa dos Treinadores Portugueses assumirem que, ou se mobilizam, participam e intervêm nos seus problemas ou ficam à espera que o Governo, a FPF ou a Liga resolvam os seus problemas. É costume dizer-se que “o mundo é um lugar perigoso para viver, não por causa das pessoas más, mas por causa das outras pessoas, que não fazem absolutamente nada em relação a isso”.
Reconhecemos as nossas insuficiências, mas também temos consciência das nossas, embora não abundantes, capacidades para conseguir melhores resultados, tal como tem acontecido por esse mundo fora. A sorte é assim: escolhe os que pretende proteger. Mas justiça se lhes faça, escolhe-os, normalmente, entre os que mais fazem por isso.