Jornal Record 18 abril 2025

No passado dia 14 de Abril, na cidade do Porto, tomou posse a nova Direção da Liga Portugal, liderada por Reinaldo Teixeira.

Sem esquecer a primordial responsabilidade que os dirigentes dos clubes e sociedades desportivas têm nos destinos do futebol nacional, esperamos que, com esta nova liderança da Liga, associada à de Pedro Proença, na FPF, seja possível retomar o caminho da convergência de que o futebol português tanto necessita, a bem de todos os intervenientes e da própria indústria (e não nos referimos apenas à eminente queda de Portugal no ranking na UEFA).

Sem prejuízo da defesa legítima dos interesses de cada um, urge criar consensos alargados que permitam, por um lado, aumentar as receitas dos clubes e, por outro, a retenção e / ou o regresso de talento luso, impulsionando-se, dessa forma, a qualidade e a atratividade do nosso futebol.

Não podemos transferir os melhores jogadores e treinadores e, ainda assim, ousar pretender apresentar o melhor futebol!

Da mesma forma, o próximo Governo de Portugal tem o dever de zelar pela sustentabilidade e desenvolvimento desta indústria, que tanto tem contribuído para o PIB anual do país. A redução do IRS para os intervenientes da indústria do Futebol, a diminuição do IVA na bilhética, o enquadramento jurídico-legislativo específico à classe dos treinadores, que lhes permita o acesso ao subsídio de desemprego em condições que reflitam a sua especificidade laboral, a criação de um regime fiscal específico e mais favorável que permita a retenção e / ou o regresso de jogadores e treinadores a Portugal, são apenas algumas das muitas medidas por onde os nossos futuros governantes podem e devem contribuir para o desenvolvimento sustentado desta indústria, permitindo aportar mais qualidade à mesma.

Apelamos, por isso, a que todos, mesmo todos, sempre num ambiente de responsabilidade e consenso, possam convergir na diferença, a bem do Futebol e todos os seus intervenientes. Só estamos intranquilos, porque temos esperança.