Jornal Record 07 Janeiro 2022
Assinalo hoje o 37º Aniversário do falecimento, duma das figuras mais eloquentes do futebol nacional: JOSÉ MARIA PEDROTO.
Tudo o que se poderia afirmar sobre José Maria Pedroto foi esgotado em adjetivos e testemunhos de vida de companheiros e amigos, de adversários e até de responsáveis de todos os quadrantes políticos, que não puderam deixar de enaltecer as qualidades do Treinador e também as suas virtudes e defeitos.
José Maria Pedroto foi um homem que, tal como todos os outros, esteve sujeito aos erros humanos, às convergências e divergências de uma vida, muito vivida, que suscitou polémicas e grandes vitórias, derrotas e amarguras, mas que soube, sempre, resistir e lutar pelas suas convicções.
A José Maria Pedroto estão, certamente, reconhecidos os treinadores portugueses pela sua intervenção, que fez repousar no diálogo e na concertação as bases de construção de uma organização dos treinadores de proposição e de compromisso. Só alguém como José Maria Pedroto poderia ser a fonte inspiradora da existência da ANTF. Soube buscar os necessários consensos junto de adversários, para que a criação da ANTF pudesse ter lugar, de forma particular, porque justa e necessária.
Havia a necessidade imperiosa dos Treinadores Portugueses assumirem que, ou se mobilizavam, participavam e intervinham nos seus problemas ou ficavam à espera que o Governo, a FPF ou a Liga resolvessem os seus problemas. Já na altura se dizia que “o mundo é um lugar perigoso para viver, não por causa das pessoas más, mas por causa das outras pessoas, que não fazem absolutamente nada em relação a isso”. A José Maria Pedroto estão certamente os treinadores portugueses reconhecidos de forma particular.
Relativamente à situação que os treinadores vivem no Moreirense, a mesma não é, de todo, normal! Felizmente não espelha o que se passa nos restantes clubes. É necessariamente um caso de estudo.
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