Jornal Record 11 Março 2022
Árbitros, Jogadores e Treinadores têm que assumir as responsabilidades. Não basta reivindicar, em determinadas alturas, serem os protagonistas do futebol e, como tal, pretenderem ser tratados e considerados! É necessário, assumir a responsabilidade do tempo útil de jogo ser o pior da Europa.
É certo que não são quem atiram artefactos para os recintos dos jogos – o que o berço não dá, dificilmente, o futebol acrescenta! Também não são quem reparte as receitas televisivas com tamanhas disparidades, ao ponto de não restar, à maior parte, ter que se sujeitar à enorme superioridade de outros com “armas” completamente diferenciadas. Não se pode ir para a “guerra” de fisga, quando do outro lado estão “militares” de G3. Mas, não ignorando essas dificuldades, é tempo de afirmar, perante a opinião pública, que a responsabilidade pelo miserável tempo útil de jogo se encontra espartilhada por diferentes intervenientes. Que a excelência seja um hábito.
Sob a tutela da FPF e da Liga Portugal é imperioso inverter este tipo de situação. Atrevo-me a convidar a comunicação social para colaborar neste desiderato, tão importante quanto imprescindível, para que TODOS, sem exceção, invertam este tipo de situação, pelo respeito, diria mesmo, pelo amor que temos ao futebol.
Não existem dúvidas nenhumas que a maior parte dos clubes portugueses possuem boas condições de trabalho.
Temos os melhores treinadores do mundo, temos os melhores jogadores do mundo, os nossos árbitros são, na sua maioria, competentes. Falta, por isso, cada um assumir a sua responsabilidade para que, cada um, ponha em prática todas as respetivas potencialidades para inverter esta situação. Façamos do nosso jogo uma paixão.
A partilha de ideias, relato de experiências, confronto de conceções será uma oportunidade singular e única de reflexão referenciada das nossas próprias ideias e práticas no âmbito do treino e da competição. Consoante vão aumentando as desordens mentais, vai diminuindo as nossas qualidades.
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