Jornal Record 13 maio 2022
É necessário desenvolver e estimular a atualização periódica dos conhecimentos para todos quantos exerçam a profissão de treinador. A evolução dos aspetos científicos e técnicos, no desporto, é galopante, daí ser exigível para todos os agentes um esforço de atualização contínua, como garante de um exercício de qualidade na profissão de Treinador de futebol.
Como questiona Teotónio Lima, “se não se aceita que, no sistema educativo, a função de docente seja exercida por quem não tenha habilitação própria, como é que vamos admitir que, no sistema desportivo, aqueles que ensinam, treinam e dirigem crianças e jovens sejam dispensados de uma habilitação apropriada”?
Esta atividade é desenvolvida pelos formadores, sendo que deve ser realizada tendo em conta determinados parâmetros, tais como: a natureza dos saberes a desenvolver e respetivos conteúdos a abordar, especificidades associadas a cada método pedagógico utilizado, perfil dos formandos, características dos próprios suportes e a duração do curso e sessões. O conhecimento não poderá ser encarado como algo de estático e estanque, mas como um processo dinâmico, em que um sujeito ativo procura organizar uma realidade.
Tal como se tem verificado noutras modalidades, o futebol, em Portugal, tem observado um desenvolvimento exponencial, fruto dum trabalho, organizado quanto baste, especialmente na nossa juventude, onde começam a surgir treinadores com níveis de formação copiosos, emprestando, naturalmente, competências para um melhor crescimento e desenvolvimento do potencial dos nossos atletas.
No que compete à ANTF, temos procurado proporcionar aos nossos associados um leque significativo de formação contínua, através de seminários, fóruns (o último organizado na cidade de Leiria) e, nos próximos dias 4 e 5 de Junho, no nosso Congresso Nacional, que terá lugar no Pavilhão Multiusos de Gondomar.
Não podemos ignorar que devemos ter um pensamento sobre o futebol, estruturado e com estratégia.