Jornal Record 15 setembro 2023
A capacidade transacional crescente das equipas portuguesas diminui significativamente a competitividade das mesmas, relativamente aos nossos concorrentes europeus. Isto não acontece a nível de seleções nacionais, na medida em que, felizmente, temos muitos dos nossos internacionais a competir nos melhores campeonatos do mundo que, por sua vez, se valorizam com os nossos jogadores. O tempo vai passando e os nossos clubes vão ficando mais distantes dos emblemas “médios” do futebol europeu, porque se a comparação for feita por referência aos ditos “grandes”, então aí…!
Talqualmente, continuamos a ter treinadores no desempenho de funções para as quais não estão devidamente certificados e não nos referimos apenas à I e à II Ligas Profissionais. Tal verifica-se, igualmente, no chamado “futebol não profissional ” e, mais grave, no futebol jovem. Ninguém deverá gostar que o seu filho tenha na escola um professor, sem estar devidamente habilitado.
É obrigação de todos profissionais dos clubes contribuírem para melhorar o tempo útil de jogo. Quanto mais fluído for o jogo, menos razões existem para que os espectadores desperdicem as suas atenções naquilo que o desporto tem de pior, que são as discussões cada vez mais desinteressantes e entediantes. Evitar-se-ia, porventura, situações desrespeitosas entre aqueles que, no fundo, pretendem assistir a um bom espetáculo.
É imprescindível criar condições para que os espetadores possam ir aos recintos desportivos, de preferência, com as respetivas famílias, pois são essenciais ao desporto e, por consequência, indispensáveis para a valorização do espetáculo, isto sem falar do impacto nas finanças dos clubes. Com responsabilidade, sem preconceitos pelas divergências e no respeito pelas convergências, é necessário, diria mesmo indispensável, criar condições para que isso aconteça!
Felicitações à Seleção Nacional de Futsal Sub/19 pelo brilhantismo com que conquistou recentemente o título de Campeão Europeu.