Jornal Record 02 fevereiro 2024
Terminada a “Final Four”, prova superiormente organizada pela Liga Portugal, e encontrado o chamado “Campeão de Inverno”, resta-nos, desde logo, felicitar o vencedor da competição. De igual modo, não podemos deixar de parabenizar a Camara Municipal de Leiria, bem como o clube da mesma cidade, pela forma como zelam pelo respetivo estádio, nomeadamente, pela excelência do relvado que apresentaram durante toda a prova.
Terminou, esta semana, a chamada janela de transferências de “inverno", não se tendo verificado, em nossa opinião, grandes “estragos” nas equipas nacionais, a bem da qualidade das mesmas. Nesta fase da época, é normal os intervenientes no fenómeno competitivo apresentarem significativa apreensão, face aquilo que poderá ou não debilitar as respetivas equipas, mas também face à capacidade financeira dos seus adversários suscetíveis de influenciar positivamente as suas equipas na luta pelo mesmo objetivo.
Estamos a iniciar um ano de múltiplas eleições e aquilo que se nos oferece dizer é que muitos usam e abusam daqueles que precisam, para fazer número na defesa dos seus interesses privatísticos, olvidando, por regra e por respeito pela exceção que possa existir, a humildade de serem suficientemente solidários para os ajudarem a defender-se da desgraçada miséria em que a maior parte vive.
Somos, assim, levados a pensar que há um modo de ser bom, no qual nos devemos posicionar se procurarmos a virtude de sermos gratos, ou seja, há um dever ser que se nos impõe, e, face ao qual, pouco temos a dizer, senão mesmo sê-lo de facto.
Todos sabemos que, quando a mensagem não é a que gostaríamos de ouvir, o descontentamento se vira, por norma, contra o mensageiro. O ideal seria todos sermos capazes de encontrar soluções para todos os problemas. Talvez, ainda melhor, fosse sermos capazes de encontrar soluções que não contivessem em si mesmas outros problemas. Seria melhor, de facto, mas não se conhecem soluções perfeitas... Resta-nos exercer os nossos direitos cívicos com responsabilidade, sem nos demitirmos dos nossos deveres e obrigações!