Jornal Record 08 março 2024

Recentemente desapareceram do nosso meio pessoas com quem tive o privilégio conviver e das quais guardo a melhor das recordações. Desde logo, recordo Artur Jorge, que tive a oportunidade de conhecer melhor aquando da sua passagem pelo Vitória SC, integrando a equipa técnica então liderada por José Maria Pedroto, à qual também pertencia António Morais. Na altura, encontrava-me a desempenhar as funções de treinador da equipa de juniores daquele clube.

Não posso deixar de relembrar Rui Rodrigues, internacional português, que também conheci no referido clube, aquando da sua passagem como jogador e como companheiro de grande elevação.

Recordo, de igual modo, Alexandre Batista, jogador do Sporting CP e da Seleção Nacional, não pelos momentos que com ele privei, que não foram muitos, mas por nele sobressaírem a excelência em pessoa, como comprovaram todas as referências elencadas por todos quantos tiveram oportunidade de conviver com tão elevada personalidade.

Mais recentemente, também nos deixou o António Pedro Vasconcelos, homem do cinema, que tive oportunidade de conhecer aquando da nossa passagem pelo conselho de opinião da RTP. Uma personalidade do cinema, reconhecido por uma maioria de grande competência, controverso, frontal, leal, cavalheiro, com quem dava o prazer de conversar, sobretudo do cinema, televisão e, pois claro, sobre futebol.

Relativamente aos lamentáveis insultos proferidos pelo diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, ao treinador Abel Ferreira, que naturalmente repudio, apenas dar nota que os mesmos não devem ter lugar no futebol e, muito menos, em qualquer sociedade desenvolvida. Por outro lado, os treinadores de futebol estrangeiros, nomeadamente, os brasileiros, foram, são e serão sempre bem recebidos no nosso país. Recordamos o importante contributo que cada um, à sua maneira, aportou ao futebol português e que cada um de nós soube aproveitar.