Jornal Record 03 maio 2024

O treino, em futebol, sofreu mudanças significativas nos últimos anos, não só no âmbito competitivo, como também no âmbito educativo e isso deve refletir-se no trabalho desenvolvido com os jogadores jovens.
É-se, assim, levado a pensar que há um modo de ser bom para o qual nos devemos posicionar se procurarmos a virtude de sermos educados, ou seja, há um dever-ser que se nos impõe, face ao qual pouco temos a dizer senão sê-lo, de facto.

Necessitamos de melhorar a comunicação entre os principais agentes do futebol, construindo uma plataforma para melhorar a nossa prestação. Temos de esvaziar a possibilidade de suspeita relativamente à formação e competência dos agentes desportivos.

Cada vez se joga melhor. Não digo mais bonito, digo melhor. Mas o futebol joga-se com uma bola e a única forma de encontrar espaços é movê-la com velocidade e critério, de tal modo que convença o  espetador e convença ao protagonistas. 

É com agrado que, paulatinamente, verificamos que outros agentes desportivos ligados ao jogo de futebol começam a ascender a lugares de vital importância nos Clubes/SAD´s. Para memória futura, desejamos que a confiança que neles depositamos, não nos comprometa. As pessoas não estão fartas do Futebol, estão sim, fartas de algumas pessoas que gravitam no Futebol.

Não podemos, não queremos e não vamos ignorar o tema trazido à discussão, relativo às obrigações do Estado Português relativamente às ex-Colónias. Não discutindo a oportunidade e, muito menos, a bondade do tema, é, contudo, nossa obrigação, nosso dever, dizemos nós, questionar se, porventura, foi dada a mesma importância (até mediática) aos milhares de ex-combatentes que morreram, aos milhares que ficaram inutilizados, às viúvas, aos órfãos, aos pais, que nem sequer viram os seus ente-queridos partir, aos que assistiram à partida dos seus camaradas, sem nada puderem fazer. O que é fácil lembrar para quem tem memória, é difícil esquecer para quem tem coração. As boas recordações duram muito tempo; as más, ainda mais.