Jornal Record 22 novembro 2024
Depois de muito se ter opinado relativamente à formação dos Treinadores de Futebol/Futsal, porventura, não raras vezes, sem conhecimento sustentado do enquadramento técnico-legal, permitam-me aproveitar este espaço que tecer algumas reflexões.
A profissão de Treinador de Futebol/Futsal, foi alvo em 2012 de um processo de restruturação normativa, passando a estar regulada sobre a égide do estado e simultaneamente das regras imanadas pela UEFA/FPF.
Desde aí, é pedido aos Treinadores de Futebol/Futsal - e não só -, que mediante o enquadramento competitivo em que estejam inseridos, estejam devidamente habilitados.
Nesse âmbito, o Curso passou a considerar várias etapas formativas, quatro graus, tendo presente que a Profissão de Treinador, predominantemente prática, lida com várias esferas da ciência, não permitindo de forma espontânea a aquisição de conhecimentos ou competências, dado o seu grau de complexidade.
Contrariamente a outras carreiras profissionais, importa ter em linha de conta que os Treinadores trabalham com atletas, modelam equipas, estruturam métodos e ideias de jogo, expondo-se a um contexto por vezes severo, num processo de competitividade constante.
Sendo certo que pelo processo convencional, o curso – compreendendo desde a etapa de formação até ao alto rendimento – é extenso, importa também salientar, que se encontram previstos meios de aceleração para atletas de alto rendimento com longa carreira – 8 anos -, permitindo desse modo, àqueles que estiveram ao longo da sua vida ligados à modalidade na condição de jogador, possam mais rapidamente aceder ao grau máximo do Curso de Treinadores de Futebol/Futsal, assim o entendam e procurem desfrutar dessas prorrogativas.
Nada no mundo existe de tão perfeito ou tão errado que não possa ser modificado. Mas é avisado, não deixarmos ao acaso o processo formativo de Treinador de Futebol/Futsal, lembrando que fora de Portugal é visto como exemplo a seguir.