Jornal Record 19 julho 2024

O início de qualquer época desportiva é sempre marcado por uma enorme azafama no mercado de transferências (as que se concretizam, as que quase que se concretizaram, bem como aquelas que nunca seriam concretizáveis, mas que, como tal, foram noticiadas), mas não só! São os estágios de pré-época, os jogos amigáveis, em alguns casos os jogos das pré-eliminatórias para as competições europeias, enfim, todo um frenesim desportivo que, por um lado, ajuda a preencher os espaços de informação desportiva dos meios de comunicação social nacional e, por outro, cativam a atenção do adepto.

Temos, como nos outros anos, a enorme expectativa e esperança que que a época desportiva que agora se inicia aporte campeonatos competitivos e, acima de tudo, onde prevaleça a verdade desportiva.

Dos jogadores esperamos o costume: aquela “nota artística” e golos, muitos golos. Dos treinadores, exuberância tática e capacidade de suplantarem taticamente os adversários, permitindo performances desportivas individuais e coletivas atrativas e espetaculares. Dos árbitros, boas decisões disciplinares e táticas (evitando interrupções inúteis e injustificadas dos jogos, nomeadamente devido a quedas de jogadores provocadas por “ataques de caspa”! Mas onde a nossa esperança e expectativa assumem particular relevância é nos dirigentes desportivos e nos clubes, pois são os únicos que têm a possibilidade e condições para proceder a uma alteração de fundo dos regulamentos de competições e disciplinares. Só não o fazem porque lhes tem faltado, reiteradamente, a coragem necessária para tal, deixando desprotegidos os treinadores, os jogadores, prejudicando os clubes cumpridores e, acima de tudo, a própria verdade desportiva.

Por fim, não poderíamos deixar de deixar uma nota de pesar pelo falecimento do jovem árbitro, de 20 anos, Diogo Vaz, endereçando as mais sinceras condolências à família enlutada, bem como à classe, representada pela APAF.