Jornal Record 16 Julho 2021

Depois de digerido o Campeonato da Europa 2020 realizado em 2021, pelos motivos de todos conhecidos, é nossa opinião que o campeão é merecedor do título alcançado. Seria o único? Talvez não! Em nossa opinião, a Itália apresentou-se consistente, sem grandes preocupações com a estrutura da equipa, mas acima de tudo com uma boa organização, um entrosamento excecional, com os jogadores a saberem, todos, as suas funções, a dinâmica da equipa e, por consequência, só podia dar certo.

Embora o campeão fosse encontrado através da marcação de grandes penalidades, não ofusca em nada as reflexões anteriores.

Ficamos com a sensação que a qualidade dos jogadores permitiria outra performance, não fosse o número exagerado de jogos da época que cada um deles trazia no seu curriculum, tendo-lhes roubado alguns atributos que não foram capazes de exibir e, por isso, ficaram prejudicados os espetadores.

Todavia, uma coisa ficou bem evidente: o jogo teve poucas paragens, nomeadamente, as desnecessárias. Os “piscineiros” foram diminuindo a sua apetência para tal e, também por isso, ganhou o espetáculo e, se me permitem, os espetadores que, em desigualdade de circunstâncias, tiveram oportunidade de assistir.

Vamos dar início á nova época desportiva! É necessário que todos tenhamos a consciência do nosso contributo. Por mais insignificante que seja será sempre apreciado por aqueles que gostam do futebol.

Vamos alterar aquilo que nos for possível, aceitar aquilo que nos não é, mas sobretudo, distinguir as duas coisas!
O futebol, duma forma geral, e os seus profissionais, em particular, dispensam muito bem, os últimos acontecimentos que têm fustigado aqueles que, com carinho e disponibilidade, se dedicam àquele que é o jogo por todos nós adorado.