Jornal Record 04 Junho 2021
A formação profissional constituiu um instrumento fundamental para combater o défice de qualificação profissional e de escolarização que se verificava em Portugal, assumindo carácter estratégico para a construção de uma sociedade baseada no conhecimento e, consequentemente, para o desenvolvimento do País, potenciando o aumento da capacidade competitiva dos clubes, dos resultados, da empregabilidade e da melhoria das condições de vida e de trabalho dos treinadores.
Reafirmamos que a política de formação profissional é uma prioridade em termos políticos, federativos e registamos com preocupação a falta de sensibilidade de alguns clubes, no seio da da Liga Portugal, e sobretudo de alguma comunicação social para que em conjunto possamos encontrar soluções para a resolução deste problema.
Neste contexto, assume particular relevância a formação ao longo da vida, matéria em que se verificam atrasos que urge ultrapassar, nomeadamente por via do cumprimento das disposições legais em vigor e medidas necessárias sobre Política desportiva, regulamentação, mercado de trabalho, educação e formação, pilares fundamentais para a necessidade de aprendizagem ao longo da vida. Fator estruturante da modernização para todos os treinadores.
Cada vez mais, a melhoria do futebol passa pelo aumento das qualificações profissionais e estas pelo aumento do nível quantitativo e qualificativo da educação e da formação profissional. “DESCARTES” dizia; Penso, logo existo.
Neste momento já se diz; existo, por isso tenho cérebro para pensar, como nos informou o DOUTOR; Júlio Garganta no FORUM ANTF, realizado em Lisboa recentemente.
Especial atenção deve ser dada à formação ao longo da vida, assumindo-se como um direito e um dever. A formação deve ser de qualidade e devidamente certificada.
Como questiona Teotónio Lima, “se não se aceita que, no sistema educativo, a função de docente seja exercida por quem não tenha habilitação própria, como é que vamos admitir que, no sistema desportivo, aqueles que ensinam, treinam e dirigem sobretudo jovens sejam dispensados de uma habilitação apropriada?
No respeito pelas divergências, e sem preconceitos pelas convergências, concordamos perfeitamente, que até o relógio que não funciona, pelo menos duas vezes por dia está certo.
Também continuamos a comungar, que só a mudança é que não muda.
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